quinta-feira, 27 de agosto de 2009




O paraibano Geraldo Pedrosa de Araújo Dias nascido em João Pessoa, aos 16 anos foi para o Rio de Janeiro. Entre ginásio e colégio, passou por Nazaré da Mata (PE) e Juiz de Fora (MG). No Rio, estudou Direito (de 1957 a 1961) para satisfazer a família, mas depois pendurou o diploma e foi viver de música. Ou de arte. O sobrenome artístico veio do segundo nome do pai, o médico José Vandregísilo.Dez entre dez pessoas citarão “Pra não Dizer que não Falei das Flores” ou "Caminhando" como a sua música mais famosa.Em setembro de 1968 durante o 3° Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo,essa canção ficou em segundo lugar,perdendo para "Sabiá" de Chico Buarque e Tom Jobim.Diante das vaias pela decisão do juri ,disse Vandré, enquanto a multidão acenava com lenços brancos:
“Antônio Carlos Jobim e Chico Buarque de Hollanda merecem o nosso respeito. (...) Pra vocês que continuam pensando que me apóiam vaiando... (...) A vida não se resume em festivais”.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Blogger: Geraldo Vandré - Criar postagem

Blogger: Geraldo Vandré - Criar postagem

Poesia na ditadura!

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Pelos campos há fome

Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Há soldados armados

Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Nas escolas, nas ruas

Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente

As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...