quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Poesia na ditadura!

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Pelos campos há fome

Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Há soldados armados

Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Nas escolas, nas ruas

Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente

As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nenhum comentário:

Postar um comentário